sábado, 14 de abril de 2012

A educação de valores em programas infantis

No século XX, especificamente nas décadas de 70 a 90, a inocência, a ingenuidade e a simplicidade presente nas programações infantis eram tão fortes que suas mensagens atraiam de tal forma que hoje marca vida de muitos que hoje amadureceram ou ainda amadurecem com isso na memória e carrega eternamente. Falamos de dois exemplos de desenhos animados de décadas diferentes que até hoje encanta as crianças e também os adultos.
Antes de começar a falar sobre os desenhos e programas que transmitem valores, comento um pouco sobre os tipos de educação que cercam a sociedade. Temos dois: A sistemática ou formal (escola) e a assistemática ou informal (família, meio social). A sistemática formula as informações necessárias ao aluno que adquire como forma de conhecimento e conceito sobre determinado assunto. A assistemática trabalha com o cotidiano, a cultura daquela sociedade onde a pessoa se desenvolve e com ela adquire valores, costumes e comportamento.
Hoje em dia dizemos que os desenhos podem não trazer tantos valores, ensinamentos como antes. A televisão investe muito nas lutas, nas adrenalinas presentes em desenhos de super heróis, lutas, corrida, e esquecendo de criar algo "educativo" que trabalhe um determinado conceito que seja lição para a sociedade.
Trago exemplo de dois programas infantis que carregam um forte valor que antes pelas crianças não eram visto com tanta intensidade, mas que os adultos de hoje podem analisar com um conceito, uma informação, uma transmissão de pensamento.

Quem muitas vezes não viu a dupla formada por um javali e um suricata bem animados, exóticos, que adoravam comer larvas e minhocas da floresta que sempre saíam cantando "Hakuna Matata" e nunca parou para pensar que isso podia significar "Não há problemas"? A música se torna uma espécie de motivação que com a melodia e o ritmo empolgante e animado move e contagia as pessoas, mas depois que você para e reflete sobre a música e analisa a letra que diz "Os seus problemas / você deve esquecer / isso é viver / é aprender...". Agora percebemos o valor, a importância que isso pode significar para uma pessoa ou até mesmo para uma sociedade. Será que um desenho qualquer passaria essa motivação tão grande? Sabemos que o mundo é cercado de conflitos, brigas, guerras, disputas de poder, mas será que só disso poderá viver o homem? Claro que devemos ter um momento para esquecer os grandes problemas e poder curtir a vida com júbilo, satisfação, procurando colher bons frutos dela.

Agora quando você vê aquele programa mexicano, inúmeras vezes repetido em rede nacional, com aquele menino que mora em um barril, com aquele desempregado sendo estapeado por uma mulher de bobs rabugenta, e que eles vêm cantando "Se você é jovem ainda / jovem ainda / jovem ainda / amanhã velho será (...) ao menos que o coração que sente / a juventude que nunca morrerá...", o que passa em sua cabeça? Pode  ser outra motivação. Você pode perceber que existem pessoas que pode ter a idade física que for, mas o psicológico não será compatível ao corpo. Posso ter mais de 80, mas sempre com a memória viva, ativa. Ou até mesmo posso ter 18 e ter  uma cabeça de 80, ou com mais maturidade ou sendo ranzinza.

Hoje muitas pessoas dizem que os desenhos não influenciam em nosso cotidiano. Pode até ser. Mas você deve procurar os valores que pode haver em um desenho antigo, um programa mais saudável, educativo de verdade. As crianças dessa década hoje são felizes, pois carregam uma cultura, um valor e uma recordação que esses desenhos e programas puderam trazer com sua felicidade e motivação